terça-feira, 29 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
Diário de Milifen, 02:01 da madrugada, 28 de outubro.
A insônia toma conta de mim. Meu corpo está pesado mas com uma mente leve e totalmente ligada. O silêncio me ronda, me persegue. É um velho amigo. Dores de cabeça infernais são presentes nessas horas, como sempre, sozinho, somente eu e mim mesmo, a sós.
Estou muito perturbado para continuar meu costumo noturno. Ah, que diabos Charlie, onde é que você está?! Desgraçado, aposto que está se matando em uma Jägermeister, pra variar. Nessas horas malditas é que faço perguntas tão inúteis quanto eu mesmo neste mundo.
Por que sou tão atraído por crânios? Que escrotidão a minha. Foda-se, não importa, admiro-as sem dúvidas.
Aquele calor ainda continua. Já sabia que estava no inferno só não me recordava que era tão quente e incômodo.
Que diabos, estou tão inútil que nem uma poesia consigo escrever, o que é duvidoso pois, há tanto em minha mente.
Eu ainda a quero, Charlie. Por que me tormenta assim? O que você ganha com isso seu miserável bastardo?! Diversão? É, deve ser isso mesmo. Ria, Charlie, ria. Eu o encontrarei.
Diário de Milifen, 27 de novembro de 2013.
Eu andava pelas ruas tardias como de costume. Nenhuma novidade, tudo semelhante a nada. O calor que fazia por estarmos no verão me incomoda profundamente.
Vou seguindo meu caminho em direção à um posto de gasolina próximo, avisto imbecis rindo alto como se nada tivesse errado em volta. Em suas mentes: carros, vadias e status. Crianças ao meu ver. Sem mencionar o som incômodo e desnecessário que seus carros pagos pelos pais faziam naquela madrugada. Continuei meu caminho mesmo assim. Não poderia dar ao luxo deles ser incomodado por tais futilidades humanas. Entrei na loja de conveniências. Simplesmente peguei algo alcoólico e me dirigi ao caixa, sem pronunciar uma palavra. Paguei o devido valor, um roubo por sinal. Não importa, é só papel.
Saí da tal loja e ia prosseguir minha caminhada até o primeiro raio de sol perfurar meu crânio. Os babacas me pararam. Queriam se mostrar para cada puta presente lá. Que desnecessário. Tentei me esquivar, não me interessava o que queriam. Mais dois pitbulls entraram na brincadeira, totalizando cinco vagabundos viados.
Continuavam a não me deixar passar. Diziam coisas como: "Por que a máscara mano, 'cê' é otário?" ou "Fala 'muleque'. Tá com rola na boca pra não 'fala' nada?!". Permaneci calado, não tinha motivos para responder tais deficiências, até que pegaram minha bebida e a quebraram no chão. Riam alto e zombavam mais de mim, muito engraçado.
Comecei a rir também, eles iam se calando. Quebrei o nariz do primeiro que estava logo a minha frente, outros dois me seguraram para tenta impedir minha fuga, tolos. os outros dois restantes que vinham para me encher de porrada caíram logo quando chutei sem piedade aquilo que chamam de "bolas". Os brutamontes que me seguravam me soltaram quase sem força e pegaram canivetes suíços e vieram pra cima. O primeiro, mais novo, foi fácil como bater em um recém-nascido. Desviei do primeiro ataque, fui até seu lado morto. Quebrei duas costelas, trinquei três, cotovelo deslocado, peguei seu canivete importado e quando o fechei, foi só uma simples pancada na nuca e o desmaiei. O segundo foi divertido, ele estava assustado, mas continuava sua pose de macho alfa, que comédia! Ele se dirigiu rápido para cima de mim, tentou vários golpes, sem resultado. Não exercitava suas pernas, seu ponto fraco era esse. Foi só uma rasteira e suas costas bateram com força no concreto sujo de graxa. Pisei em sua mão com o canivete, obrigando-o a soltar, por garantia tive que desmaiá-lo, uma pancada de mão aberta em seu nariz foi suficiente. O das "bolas fudidas" se levantou e com um soco inglês veio cheio de raiva. Cotovelo do nariz, soco no diafragma, gancho de esquerda na mandíbula. Acabou. O outro das "bolas" fugiu mancando, foi hilário.
Resultado disso tudo: Dois canivetes suíços, bem trabalhados e uma garrafa de bebida quebrada, que desperdício. Um dos canivetes era vermelho vinho com detalhes em ouro (falso), o outro todo de prata, porém com lâminas muito mau afiadas.
Por onde será que você anda, Charlie?
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Tudo está ao meu redor
Não há quem tenha olhos para ver
Tudo falso num mundo artificial
Matadouros disfarçados de benefícios
Sua cova é comprada assim que você nasce
Yeah, yeah
Tudo certo, yeah
Não há felicidade no cadeado
Luz eu quero apagá-la
Em menos de um segundo tiro
Tudo falso num mundo igual
Acho que não ficarei por muito tempo
Acho que não ficarei por muito tempo
Acho que não ficarei por muito tempo
Yeah, yeah
Tudo certo, yeah
Não há felicidade no cadeado
Não, não
Não há, yeah
Felicidade no cadeado
Não há quem tenha olhos para ver
Tudo falso num mundo artificial
Matadouros disfarçados de benefícios
Sua cova é comprada assim que você nasce
Yeah, yeah
Tudo certo, yeah
Não há felicidade no cadeado
Luz eu quero apagá-la
Em menos de um segundo tiro
Tudo falso num mundo igual
Acho que não ficarei por muito tempo
Acho que não ficarei por muito tempo
Acho que não ficarei por muito tempo
Yeah, yeah
Tudo certo, yeah
Não há felicidade no cadeado
Não, não
Não há, yeah
Felicidade no cadeado
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Meu cérebro irá explodir e minhas entranhas serão espalhadas por todos os cantos sujando ainda mais a mediocridade que compõe aquilo que chamamos de lar.
Não há um só dia em que, quando coloco meus pés para fora de casa, não suplique ser atropelado por um carro ou caminhão com capacidade de lançar-me ao alto e meu corpo tocar o chão com tamanha violência a ponto de meu crânio ficar irreconhecível a todos que iriam presenciar a suposta "tragédia".
"Mas por que desejas isso?"
HA, não me faça rir, detesto ironias. Sua ignorância me enoja e ao mesmo tempo eu a invejo.
Nada mais que "o que deu errado", nada menos que "a criação que arrependo-me de ter dado vida". A criação que seu suposto "deus" (não te darei o luxo de utilizar uma letra maiúscula sequer para nomeá-lo), se arrepende amargamente de ter criado e esta mesma é que o deixa entediado e de saco cheio.
Sou o anjo que foi espancado e abençoado com nada menos que indignação, tristeza profunda e dúvidas sobre o próprio umbigo.
Sou o palhaço pessimista que sofre de depressão constante mas que alegra a todos com palavras gentis.
Sou o cinza.
Sou o que há no vazio.
Sou sua cicatriz incômoda.
Eu sou o rejeitado.
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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