quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Quem dera eu, ser dono da lua.
Admirá-la todas as noites,
Na presença de uma beleza como a tua.

Quem dera eu, ter-te em meus braços.
Compartilhar contigo meus abraços,
E nas madrugadas ficarmos escassos
Do total de tantos beijos trocados.

Quem dera eu, ter a felicidade de uma criança.
Correr em direção ao sol,
Procurar e seguir as luzes dum farol.
E deliciar-me sempre que um novo navio chegar a costa.

Quem dera eu, ser um homem de lata.
Em peito, um vazio. Nada vermelho que bata.
E algum dia, numa hora exata, enferrujarei.
Tornarei-me com o tempo, uma estátua.

Quem dera eu, ser um poeta!
Tocar corações e mentes como um instrumento musical.
Formar belíssimas sinfonias com linhas tortas e sinuosas.
Apreciar com prosas e rimas cada pensamento fútil... Inútil.
Sois vós um poeta, como uma gaivota no litoral.

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